"O que está escrito abaixo é o Prefácio do Livro que estou escrevendo. Conta um pouco da minha história. Serve para mostrar alguma coisa sobre o meu passado, de forma que possam descobrir de onde vem minha inspiração para escrever."

O Autor...

Eu nasci no ano do nosso senhor de 1971, no dia 19 de setembro - mês de virgo. Em minha certidão consta o horário de nascimento como 23 horas e 55 minutos. No limiar. Na noite que no futuro seria minha fonte de inspiração.

Poderia recitar momentos de minha infância, mas seria mentira, pouco me recordo. Tenho um bloqueio de memória que me torna um homem quase sem passado. Minhas primeiras memórias já me trazem aos 15, 16 anos vividos.

Minha mãe já havia morrido há anos, possivelmente uma década atrás. Pouco me recordo dela.

Fui criado por minha avó - mãe de minha mãe. Pessoa maravilhosa que nascera no mesmo dia que eu. Ambos virginianos, ambos amigos inseparáveis e grandes debatedores da vida. Com ela aprendi, e aprendo ainda, muito sobre tudo que me cerca. Eternos críticos.

Com ela aprendi a admirar as mulheres. Não só pelas suas belas formas, mas pela força que emana delas. Lutadoras, ferozes protetoras de seus rebentos. Pelo menos foi assim que aprendi a vê-las, admirá-las, amá-las.

No final da década de 80, meados de 89 minha vida havia chegado a uma encruzilhada, havia sido convocado ao serviço militar. Em minha tristeza conheci a pessoa a quem dedicaria minhas primeiras palavras, aquela que me acompanharia pelos próximos 3 anos de minha vida. Seus olhos, sua sinceridade fizeram com que algo florescesse dentro de mim. Estava aprendendo a amar.

Pela primeira vez pude exercer todo o meu sentir. Este livro começou graças a ela. Minha grande paixão. Motivo de muitos momentos felizes, os melhores anos de minha vida. Se não contasse essa passagem tudo que está escrito neste livro não significaria nada. Tudo tem um motivo, uma causa, e ela foi a causa de todo o meu romantismo.

Minha vida como romântico, algo que prezo, teve início naquele dia 10 de fevereiro de 1990.

Se o céu está distante, o mar profundo e seus olhos não me estão presentes, saiba que tudo começou de forma sincera e verdadeira.

Datei cada uma de minhas peças no intuito de dar sentido cronológico ao meu sentir. Mesclei momentos de grande alegria, momentos de dor e solidão. Relatei a vida como a senti, observei... como a vivi.

Uma grande parte de minha vida está nesta páginas. Alguns não saberão encarar algo que eu escondo da maioria, mas ser poeta não é cantar aos quatro cantos do mundo. Ser poeta é observar e relatar de uma forma singular - a minha forma - de encarar meus momentos, meus amigos, minhas paixões e meu grande amor.

Finalizei cada uma de minhas peças como se fosse a última, nunca soube quando seria o fim. Mas hoje sei onde tudo começou.

Queria dedicar minhas palavras e minhas emoções àqueles que amam, àqueles que amaram ou pretendem amar alguém. Espero que gostem.

Finalizo deixando o caminho aberto para que possam aproveitar a viagem ao meu íntimo.

Àquela que me inspirou no início, meu amor eterno.